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Mostrando postagens de 2014

Mulher X Homem: em Machado de Assis

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Através das leituras e dos estudos realizados durante todo esse percurso investigativo (sobre as personagens femininas e masculinas), constatou-se que não é sem razão que o romancista Machado de Assis seja considerado, por muitos, um dos maiores escritores da literatura. Também não é sem razão que ele, como criador de histórias aparentemente insípidas ou banais, mas extremamente complexas, seja lido com maior agudeza e acuidade por seus leitores cada vez mais atentos e críticos. Machado adquire o estatuto de escritor ímpar da literatura brasileira, e, por causa disso, é tido como um homem de caráter “moderno” e escritor inovador para a época em que viveu. A principal questão que moveu este trabalho foi à maneira como Machado de Assis traça o perfil de suas personagens, especialmente, as femininas. Seria por, demais simplório, afirmar que as figuras femininas construídas por esse escritor, apesar de, muitas vezes, apresentarem-se ingênuas, sensíveis, ou em situação de abandono,

Algumas Obras Machadianas: Resumo

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1. Resumo das Obras As obras machadianas são: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904), Memorial de Aires (1908); o conto: Contos Fluminenses (1970), Histórias da Meia-Noite (1873), Papéis Avulsos (1882), Várias História (1896), Páginas Recolhidas (1899), Relíquias de Casa Velha (1906), etc.; o teatro: Queda que as Mulheres têm pelos Tolos (1861), Desencantos (1861), Teatro (1863), Os Deus de Casaca (1866), Tu, só Tu, Puro Amor (1881); a crônica: A Semana (1914), etc.; a crítica: Crítica (1910). 1.1. Memória Póstuma de Brás Cubas Escrita após sua morte por um narrador – personagem, Brás Cubas, esta memórias póstumas. Constituem um grandioso romance, de leitura difícil mais profundamente enriquecedora. O fato de Brás Cubas colocar-se como um “defunto autor”`, isto é, como algué

Os narradores Machadianos: visão masculina

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Já apontamos, em outro trabalho, algumas características das personagens femininas – Capítu, Sofia Virgília – agora, falaremos um pouco sobre os narradores. Estes narradores dos romances machadianos vivem envolvidos em tramas, memórias, reminiscências, falsas artimanhas, artifícios que têm à mão para envolver os leitores em inumeráveis embustes, que os conduzem a reflexões e enigmas muitas vezes indecifráveis. Machado tece suas narrativas de modo que seus leitores, mesmo os “distraídos”, vão aderindo ao pacto de leitura, na tentativa de buscar os deciframentos para as situações que lhes são postas. Isso faz parte da estratégia machadiana em colocar o seu leitor a par dos questionamentos do ser humano e dos reveses da vida. Isso quer dizer que Machado, ao escrever suas obras, intencionalmente adota a estratégia da reescritura como uma das formas de “dissimular”, dando trabalho a seus leitores, principalmente àqueles que ingenuamente crêem estarem decifrando o indizível, o eni