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Análise interpretativa do romance: Alice no País das Maravilhas (Coerência)

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Resumo: Alice no país das maravilhas , de Lewis Carroll, é um romance inglês moderno extremamente complexo que propõe as mais variadas interpretações por abordar em seu contexto assuntos de diferentes temáticas. Através deste artigo, por meio de uma pesquisa bibliográfica, pretende-se fazer uma análise de caráter interpretativo do romance Alice no País das Maravilhas . 1. Considerações iniciais Alice no país das maravilhas é um dos livros mais editados da literatura moderna e influenciou vários grandes escritores, como Jorge Luis Borges, Cortazar, Maria Clara Machado e Guimarães Rosa. Um romance extremamente complexo que propõe as mais variadas interpretações por abordar em seu contexto assuntos de diferentes temáticas. Os dois romances de Lewis Carroll (pseudônimo de Charles Lutwidge Dodson), Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho , publicados em 1865 e 1872, são extremamente intrigantes e capazes de mexer m

Mário de Andrade: Reinventando o Brasil (1893/1945)

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“– Ai! que preguiça! ... que o herói suspirava enfarado. E dando as costas pra ela adormecia bem. Mas Ci queria brincar inda mais ... Convidava convidava... O herói ferrado no sono. Então a mãe do mato pegava na txara e cotucava o companheiro. Macunaíma se acordava dando grandes gargalhadas estorcegando de cócegas - Faz isso não, oferecida! - Faço! - Deixa a gente dormir, seu bem... - Vamos brincar. - Ai! que preguiça!...” Macunaíma (p.19) Mario Raul Morais de Andrade Filiação : Carlos Augusto de Morais Andrade e Maria Luísa Leite Morais Andrade Nascimento : 09/10/1893 – São Paulo. Morte - 25/02/1945 – São Paulo. Mario Raul Morais de Andrade nasceu em São Paulo em 09 de outubro de 1893. Iniciou seus estudos de piano em 1911. Apreciador de música, formou-se no Conservatório Dramático e Musical, onde tornou-se professor de História da Música. No ano de 1917, publicou seu primeiro livro de poema Há uma gota de sangue em cada poema, no qual criticava o derramamento d

O Primo Basílio - Eça de Queiroz

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1. A Evolução do Artista P ara melhor análise das obras de Eça de Queiróz podemos dividi-la em três partes, que acompanham a evolução temática-estilística do escritor. Quanto à primeira fase, sua obra de mocidade, coligida sob o título de Prosas Bárbaras , apresenta influência romântica. A segunda fase, em 1875, é destacada pela publicação de O Crime do Padre Amaro , abre-se nova fase do escritor, combativa, de ataques às instituições. Com outros dois romances – O Primo Basílio e Os Maias – compõem a tríade dos romances de orientação realista-naturalista. Configura-se aí o crítico impiedoso da sociedade portuguesa. Eça tem a intenção de realizar um vasto inquérito analítico da sociedade de seu tempo. Em 1878, em O Primo Basílio , obra em que passa analisar a construção moral da família pequeno-burguesa urbana, tendo como motivo o adultério que, segundo o autor, é fruto da má-formação que a mulher recebe, moldada em dois pólos básicos: a ociosa e o rom

Leitura: Menina de Lá - João Guimarães Rosa

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Sua casa ficava para trás da Serra do Mim, quase no meio de um brejo de água limpa, lugar chamado o Temor-de-Deus. O Pai, pequeno sitiante, lidava com vacas e arroz; a Mãe, urucuiana, nunca tirava o terço da mão, mesmo quando matando galinhas ou passando descompostura em alguém. E ela, menininha, por nome Maria, Nhinhinha dita, nascera já muito para miúda, cabeçudota e com olhos enormes. Não que parecesse olhar ou enxergar de propósito. Parava quieta, não queria bruxas de pano, brinquedo nenhum, sempre sentadinha onde se achasse, pouco se mexia. – "Ninguém entende muita coisa que ela fala..." – dizia o Pai, com certo espanto. Menos pela estranhez das palavras, pois só em raro ela perguntava, por exemplo: - " Ele xurugou?" – e, vai ver, quem e o quê, jamais se saberia. Mas, pelo esquisito do juízo ou enfeitado do sentido. Com riso imprevisto: - " Tatu não vê a lua... " – ela falasse. Ou referia estórias, absurdas, vagas, tudo muito curto: da a