O Realismo
Antes de falarmos do realismo, voltemos um pouco ainda no romantismo. Como sabemos, o romantismo encontrava na cultura francesa condições favoráveis de enraizamento e propagação, mas suas breves conquistas não alçaram de todo vencer os remanescentes clássicos, nem mesmo os movimentos de idéias gerados mediante a Revolução Francesa. O romantismo extremou-se no culto do sentimento e da Natureza: isso se dá por volta de 1820. O Realismo surgiu em meados do século XIX, primeiramente com a pintura, na França. Foram em mãos de Vitor Hugo, Gautier, Musset, assim como na escrita também. Gustave Coubert, entre 1850 e 1851, expôs no salão o Enterro em Ornans, e, em 1853, As Banhistas, que causaram estranhamento e recusa, por serem telas escandalosas. Revoltado, abre sua própria exposição. Posteriormente, numa conferência em Arvers (1861), o pintor acrescentaria: “o núcleo do Realismo é a negação do ideal. O Enterro em Ornans foi o enterro do Romantismo”. Em 1848, Henri Murger pu