Resumo sobre: Figuras de Linguagem
1. Denotação e
Conotação
Uma
palavra ou signo compreende duas polaridades: o significado ( aspecto conceitual, a imagem mental abstrata) e o significante (aspecto concreto,
gráfico, a imagem acústica). Assim, todas as palavras são signos, desde que
apresentem essas duas faces.
Um
mesmo signo pode apresentar significados diversos, conforme o contexto em que
empregamos. O significado de uma palavra não é somente aquele dado pelo
dicionário (denotativo), mas pode adquirir outros significados mais criativos
(conotativo). A essa pluralidade de significados dá-se o nome de polissemia.
Por
fim, se queremos ser objetivos no que redigimos, precisamos utilizar a linguagem denotativa – essa é a
linguagem ao qual encontramos no dicionário. Já, quando queremos evocar ideias
através do filtro da nossa emoção, da nossa subjetividade, temos a conotação, que corresponde a uma
transferência do significado usual para um sentido figurado.
Figuras
de linguagem ou de estilo são sempre empregadas para valorizar o texto,
tornando a linguagem mais expressiva.
As
figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo
particularidades estilísticas do autor.
A
palavra empregada em sentido figurado, não denotativo, passa a pertencer a
outro campo de significação mais amplo e criativo.
As
figuras de linguagem classificam-se em:
ü
Figuras de palavra;
ü
Figuras sonoras ou de harmonia;
ü
Figuras de pensamento;
ü
Figuras de construção/sintaxe.
3. Figuras de
Palavra
Consistem
na utilização de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente
empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação. São
elas:
Comparação: Aproximação, entre dois seres
semelhantes, ligados por conectivos (feito, assim como, tal qual, tal como,
qual, que nem /e alguns verbos: parecer; assemelhar-se, etc.).
Metáfora: Comparação implícita, subjetiva
(sem conectivos).
Metonímia: Substituição de uma palavra por
outra, por haver entre ambas alguma semelhança.
Sinédoque: Substituição de um termo por
outra com ampliação ou redução do sentido usual da palavra.
Catacrese: Metáfora desgastada.
Sinestesia: Combinação de sensações
diferentes numa só impressão.
Antonomásia: designação de pessoas por uma
qualidade, fato ou característica (ideia de aposto do nome próprio – apelido).
Alegoria: Acumulo de metáforas
referindo-se ao mesmo objeto, intensificando seu significado.
4. Figuras Sonoras
ou de Harmonia
São
elas as quais os efeitos produzidos na linguagem quando há repetições de sons,
ou, ainda, quando se procura imitar sons produzidos por coisas ou seres. São
elas:
Aliteração: Repetição de fonemas consonantais
idênticos ou semelhantes.
Assonância: Repetição de fonemas vocálicos
idênticos ou semelhantes.
Paronomásia: Reprodução de sons semelhantes em palavras de
significados diferentes.
Onomatopeia: Reprodução aproximada de um som.
5. Figuras de
Pensamento
As
figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ai significado
das palavras, ao seu aspecto semântico. São elas:
Antítese: Aproximação de palavras de
sentido contrário.
Apóstrofe: Invocação de um ser real ou
imaginário.
Paradoxo: Verdade enunciada com aparência
de mentira.
Eufemismo: Expressão que suaviza uma
verdade considerada penosa ou desagradável.
Gradação: Sequencia de palavras
intensificando a mesma ideia.
Hipérbole: Exagero de uma ideia.
Ironia: Pelo contexto, sugere-se o
contrário do que os termos expressam.
Prosopopeia: Expressão que suaviza uma verdade
considerada penosa ou desagradável.
Perífrase: Torneio de palavras para nomear
acidentes geográficos, objetos, situações.
6. Figuras de construção/sintaxe
Dizem
respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua
ordem, possíveis repetições ou omissões. São elas:
Assíndeto: Palavras ou orações justapostas,
sem conjunção.
Elipse: Omissão de um termo, expressão
ou oração facilmente identificável.
Zeugma: Supressão de um termo já expresso
na frase.
Anáfora: Repetição de palavras no início
de frase ou verso.
Pleonasmo: Redundância de termos de mesmo
significado.
Polissíndeto: Repetição enfática de conjunção
coordenativa.
Anástrofe: Inversão simples de palavras
vizinhas.
Hipérbato: Inversão complexa de membros da
frase.
Sínquise: Inversão violenta dos termos da
oração.
Hipálage: Inversão da posição do adjetivo
(a qualidade de um objeto é atribuída a outro).
Anacoluto: Interrupção sintática da frase,
deixando um ou mais termos soltos, sem função.
Silepse: Concordância com a ideia
associada às palavras e não com estas.
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