A Ilustre Casa de Ramires
1. Introdução Após uma análise sobre o romance, A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós, foi-nos proposto o desenvolvimento sobre a suposta evidência cabal de que o mesmo, segundo a tradição, que no final de sua vida e de sua obra, reconciliou-se com os valores tradicionais e com a cultura portuguesa, passando a vê-los como positivos e saudáveis. Entretanto, apontaremos o contrário, e a ineficácia de tal afirmativa, ao provar que é nas últimas obras queirosiana – ao qual vão desde 1887 a 1900, conhecida como a terceira fase – que o autor construiu, em tal fase, as críticas mais severas ao país, sua sociedade e política e não mais diremos se tratar de uma crítica moralizante, muito menos da reconciliação com o país. Descreveremos um detalhe de suma importância para nosso trabalho que é o fato do romance se tratar de uma narrativa p assada no campo, o oposto dos anteriores da primeira fase: O crime do padre Amaro e Primo Basílio , ao qual se passam na cidade. Assim,