Cultura: algo a se pensar e pesar
Desde que mundo é mundo
há esta questão do etnocentrismo, seguido pelo preconceito e racismo. Tais
elementos, ainda, permanecem firmes e fortes na sociedade mundial. Não houve
mudanças quanto a este aspecto, pois já havia na Grécia, Roma, na Inglaterra, entre
outros países que não foram citados. Focaremos os EUA, que desde sua
colonização, até os dias atuais, mantém intacto tal postura de superioridade
entre os demais povos – países.
Como é citado no livro
de Roque dos Santos Laraia, por título Cultura,
um conceito antropológico, página 13:
Na Antiguidade já era comum tal tentativa de explicar as diferenças de
comportamento entre os homens, a partir das variações dos ambientes físicos.
Ele cita ainda que alguns povos acreditavam que, por razões climáticas, pudesse
haver “um povo que fosse superior” e “outro inferior”, que ao me ver não há
firmeza em tal afirmação. Não existe tal ideia de superioridade e inferioridade
cultural, pois entendemos por cultura tudo aquilo que o homem faz.
Quanto aos EUA, no
período de colonização, tentou tornar o índio civilizado e “culto”. Os
colonizadores impuseram sua cultura, mas aos seus olhos era superior, mas estes
a rejeitaram. Por fim, a maioria dos índios foi exterminada.
Avançando no tempo,
notamos que o preconceito Americano se voltou para a antiga Rússia. Um livro
foi escrito por um Americano que não tinha tal pensamento etnocêntrico,
intitulado como As Bruxas de Salém.
Em forma de peça, ele critica os EUA que agia de forma preconceituosa em relação
a tal país, querendo fazer uma denuncia a tal postura Americana. Este tem como
foco a luta entre poder e religião, onde o diabo é o outro, neste caso a
Rússia. Daí fica evidente tal ato de preconceito contra outro país.
Não devemos jamais ter
tal postura preconceituosa contra qualquer outra cultura, raça ou costumes,
pois cultura é formada de saberes diferentes, sendo elas iguais nas suas
diferenças. Mesmo que o diferente nos confunda e nos aborreça muitas vezes,
devemos manter uma postura bem longe daquela adotada por pessoas etnocêntricas.
Já a muito nos agrada a
idéia do “Relativismo cultural”, onde não há o espanto em demasia com os
costumes de outros povos. Portanto, este os entende como uma cultura diferente
da sua, não sendo inferior. Tal pensamento teve origem na França, após
Einstein.
É nos claro a
diversidade cultural que há no mundo, onde na página 15, do livro já citado – Cultura, um conceito antropológico – encontramos
o seguinte: O nudismo é uma prática
tolerável em certas praias europeias, enquanto nos países islâmicos, de
orientação xiita, as mulheres mal podem mostrar o rosto em público. Nesses
países, o adultério é uma contravenção grave que pode ser punida com a morte ou
longos anos de prisão.
Mais adiante ele
conclui, na página 16, do mesmo livro, algo que concordamos: Enfim, todos estes exemplos (...) servem
para mostrar que as diferenças de comportamento entre os homens não podem ser
explicadas através das diversidades somatológicas ou mesolósicas. Tanto o
determinismo geográfico como o determinismo biológico (...) foram incapazes de
resolver o dilema proposto no início deste trabalho. Este dilema é a conciliação da unidade
biológica com a grande diversidade cultural da espécie humana.
Embora ajam conceitos que não concordamos
segundo o determinismo geográfico, há conceitos bastantes relevantes apontados
pelo determinismo biológico. Mas, em nenhum deles é encontrado a resposta a
dúvida do que é cultura.
Em suma, devemos
respeitas toda e qualquer cultura que haja em nosso magnífico planeta. Jamais
sermos etnocêntricos, capazes de sentir-se superior ao outro. A diferença é o
que nos completa e a tolerância às diferenças é a chave para um mundo mais
humano e compreensivo. Não querer que o outro seja como nós, mas o aceitar em
suas diferenças e aprender a conviver com isto. Quem sabe, se tais regras forem
seguidas o mundo não se torne um lugar melhor de viver?
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