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Mostrando postagens de julho, 2009

Realismo, Naturalismo, Simbolismo e Parnasianismo

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O que estava acontecendo na Europa Antes de falarmos do realismo, voltemos um pouco ainda no romantismo. Como sabemos, o romantismo encontrava na cultura francesa condições favoráveis de enraizamento e propagação, mas suas breves conquistas não alçaram de todo vencer os remanescentes clássicos, nem mesmo os movimentos de idéias gerados mediante a Revolução Francesa. O romantismo extremou-se no culto do sentimento e da Natureza: isso se dá por volta de 1820. O Realismo surgiu em meados do século XIX, primeiramente com a pintura, na França. Foi em mãos de Vitor Hugo, Gaultier, Musset, assim como na escrita também. Gustave Coubert, entre 1850 e 1851, expôs no salão: O Enterro em Ornans, e em 1853 , As Banhistas, que causaram estranhamento e recusa, por serem telas escandalosas. Revoltado, abre sua própria exposição. Posteriormente, numa conferência em Arvers (1861), o pintor acrescentaria: “o núcleo do Realismo é a negação do ideal. O Enterro em Ornans foi o enterro

Dom Casmurro

O romance: Dom Casmurro Dom Casmurro assinala o momento em que o escritor e o romancista se consorciam equilibradamente, graças à harmonia entre o estilo e a imaginação. Se antes deste romance o escritor tendia a prevalecer, e se, depois dela, o memorialista entraria a preencher o vácuo da fantasia criadora, – em Dom Casmurro se observa a íntima fusão das duas vertentes machadianas. De onde ser a obra-prima de romances, e das mais altas expressões da ficção brasileira de todos os tempos. É que, abandonando o recurso fácil de inserir na fábula romanesca o plano transcendental ou absurdo, como fizera antes, Machado invade o recesso das consciências e das situações em busca dos móbeis profundos para os atos cotidianos. Aproxima-se da realidade, pratica o realismo que, sem deixar de ser interior, afasta o delírio e a loucura e imerge nos enigmas que o dia-a-dia mais banal esconde: que mais enigmático que o mundo? Conseqüentemente, as personagens despem-se do ar de metáforas, humanizam-se,